E observe o caldo que escorre no chão,
Se é que se pode.
Logo, logo as formigas chegarão,
Fazendo barulho e mexendo a mão.
Analisa as marcas deixadas no rumo
E a freada pintada sem rascunho.Descobre o que já se sabe,
Busca aquilo que não cabe.E grita alto com toda voz:
O motorista é o algoz!
Realiza o olhar matemático da técnica,
Que não vê nada além de medida,
Que não dimensiona a vida tornada hermética.
Traz os cones e para a vida,
Passa a fita e mata a rima.
Recolhe a morte e
Sela a sorte.Faz sua parte e
Traz a parte.
Embala a carne e
Joga atrás.
E espera alguém reclamar assaz.
A vida é o limite da morte.
Ávida morte!Lânguida sorte.
Para a ciência,
Diminua a distância,Aproxima a condolência e
Afasta a arrogância.