Ah, se você soubesse...
Que você não me merece...
E que sua presença me esmorece...
Mas um dia o medo desaparece...
E nós também.
30/06/2011
29/06/2011
28/06/2011
Tanto a publicar...
Mas nem sempre dá,
Nem sempre estáTudo aqui.
E continuo sem dizer
Tudo que poderia.
27/06/2011
Decoração
Decoro meu roteiro
E sigo sem decoro.
Sei de cor,
De preto e branco.
Sei de nada.
Decorar é uma arte,
A arte de não saber,
De enganar.
Decoro meu caminho pra você cair,
Decoro com carinho pra você entrar,
Pra você sair.
Decoro sem vergonha
De corar.
Minha vida condecorada
É meramente decorativa,
Pois não vivo de verdades,
Não vivo sem artes.
Vivo uma vida decorativa,
Vivo de curativo,
Porque vivo errando,
Vivo caindo,
Vivo de coração.
Decoração.
E sigo sem decoro.
Sei de cor,
De preto e branco.
Sei de nada.
Decorar é uma arte,
A arte de não saber,
De enganar.
Decoro meu caminho pra você cair,
Decoro com carinho pra você entrar,
Pra você sair.
Decoro sem vergonha
De corar.
Minha vida condecorada
É meramente decorativa,
Pois não vivo de verdades,
Não vivo sem artes.
Vivo uma vida decorativa,
Vivo de curativo,
Porque vivo errando,
Vivo caindo,
Vivo de coração.
Decoração.
26/06/2011
Inspiração
Você me inspira
E me deixa sem fôlego,
Você me aprisiona no seu pulmão.
E não sei pra onde ir
Por onde sair:
Por onde começar a me retirar.
Você me inspira
E não me espirra
E morro sem reagir,
Morro de saudade,
E sem nenhuma liberdade.
E me deixa sem fôlego,
Você me aprisiona no seu pulmão.
E não sei pra onde ir
Por onde sair:
Por onde começar a me retirar.
Você me inspira
E não me espirra
E morro sem reagir,
Morro de saudade,
E sem nenhuma liberdade.
25/06/2011
Encosto
É feio roubar,
Ainda mais sem poder carregar,
Sem conseguir fugir pra bem longe e curtir...
É deselegante comer com as mãos,
Comer apressadamente,
Falar de boca cheia...
É perigoso dirigir e falar ao celular,
Voar sem paraquedas,
Pedalar sem capacete...
É difícil amar sem se envolver,
Beijar sem desejar,
Sentir-se bem com alguém sem gostar...
É feio, deselegante, perigoso, difícil...
E você é o oposto,
Você é meu encosto,
É do meu gosto.
Ainda mais sem poder carregar,
Sem conseguir fugir pra bem longe e curtir...
É deselegante comer com as mãos,
Comer apressadamente,
Falar de boca cheia...
É perigoso dirigir e falar ao celular,
Voar sem paraquedas,
Pedalar sem capacete...
É difícil amar sem se envolver,
Beijar sem desejar,
Sentir-se bem com alguém sem gostar...
É feio, deselegante, perigoso, difícil...
E você é o oposto,
Você é meu encosto,
É do meu gosto.
24/06/2011
Quebrei tudo
Fui salvar o vaso
E perdi o passo:
Quebrei o braço,
Mas salvei o vaso.
Vaso sem braço,
Sem anel
E sem dedo.
E perdi o passo:
Quebrei o braço,
Mas salvei o vaso.
Vaso sem braço,
Sem anel
E sem dedo.
23/06/2011
Amor pela arte
Amor é foda!
Arte é mais,
Arte é paz!
Faça parte,
Faça arte!
Quem faz mais,
Faz o menos.
É foda,
Mas faz!
Arte é mais,
Arte é paz!
Faça parte,
Faça arte!
Quem faz mais,
Faz o menos.
É foda,
Mas faz!
22/06/2011
Anarquista!
Todo anarquista é contratualista:
Os contratos devem ser compridos,
Para não serem cumpridos.
Esse é o fim.
Todo anarquista é apaixonado e radical:
Não mede esforços pra se dar,
Pra se entregar.
Todo anarquista é moralista:
Espera mais do que deveria do outro,
Engajamento, disposição.
Todo anarquista é individualista.
Por isso o anarquismo é uma utopia que se sonha só!
Mas se nada é perfeito,
O que me custa sonhar?!
Os contratos devem ser compridos,
Para não serem cumpridos.
Esse é o fim.
Todo anarquista é apaixonado e radical:
Não mede esforços pra se dar,
Pra se entregar.
Todo anarquista é moralista:
Espera mais do que deveria do outro,
Engajamento, disposição.
Todo anarquista é individualista.
Por isso o anarquismo é uma utopia que se sonha só!
Mas se nada é perfeito,
O que me custa sonhar?!
21/06/2011
Ponto de fuga
Há um ponto de fuga aqui.
Bem, aqui!
Mas ele é apertado demais,
Difícil demais!
Não vai dar.
Deixa pra lá.
Bem, aqui!
Mas ele é apertado demais,
Difícil demais!
Não vai dar.
Deixa pra lá.
20/06/2011
Quem não sabe, descansa em paz!
Quem não sabe
Já está morto.
E ensina a morrer
Escondido em algum lugar.
Quem está morto
Já não sabe.
Descansa em paz!
Já está morto.
E ensina a morrer
Escondido em algum lugar.
Quem está morto
Já não sabe.
Descansa em paz!
19/06/2011
Mania de perseguição
Algumas pessoas me perseguem,
Mas sem querer não as vejo mais,
Não as deixo em paz.
Algumas imagens me perseguem,
Não me deixam em paz.
E também as persigo
E me martirizo.
Mas sem querer não as vejo mais,
Não as deixo em paz.
Algumas imagens me perseguem,
Não me deixam em paz.
E também as persigo
E me martirizo.
18/06/2011
Mágoa
Muito do que foi dito vira conflito.
E o que não foi dito também.
Conflito em si,
Bem aqui.
É o fim!
E o que não foi dito também.
Conflito em si,
Bem aqui.
É o fim!
17/06/2011
Palavras insuficientes, reticentes...
É preciso sentir...
Sem tirar nem pôr...
Nem pôr isso aqui...
Aqui se faz o que se quiser...
Se quiser saber onde fui viver...
Fui, vi, vê você...
Ver você em mim é como encontrar...
Como encontrar você por aí...
Porra, aí é como encontrar prazer!...
Encontrar prazer em você sem tirar nem por...
Sentirá, nem é preciso falar...
É preciso sentir...
É preciso sem ti...
É preciso...
É, preciso...
Do fim!
Sem tirar nem pôr...
Nem pôr isso aqui...
Aqui se faz o que se quiser...
Se quiser saber onde fui viver...
Fui, vi, vê você...
Ver você em mim é como encontrar...
Como encontrar você por aí...
Porra, aí é como encontrar prazer!...
Encontrar prazer em você sem tirar nem por...
Sentirá, nem é preciso falar...
É preciso sentir...
É preciso sem ti...
É preciso...
É, preciso...
Do fim!
16/06/2011
Sei que meu jeito de ser confunde você
Sou caótico, colorido e cansativo como as pinturas que admiro. Sou um rabisco no seu espaço-tempo, e incomodo tanto quanto alegro. Sou um borrão inteligente e sem planejamento. Sem querer. Nada é perfeito. Só eu e você.
ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ
Imagem: Quadro de Jean-Michel Basquiat: "Skull".
ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ ͼͽͼͽ
Imagem: Quadro de Jean-Michel Basquiat: "Skull".
15/06/2011
Sobre provas
Não produza provas contra mim;
Não produza provas contra si.
Não produza provas de amor.
Não produza provas difíceis.
Não produza provas.
Não produza,
Não viva!
Não produza provas contra si.
Não produza provas de amor.
Não produza provas difíceis.
Não produza provas.
Não produza,
Não viva!
14/06/2011
Criação ao acaso não é criação de caso!
Boas palavras que são ditas
Não são esquecidas.
Tenho memória de bailarina:
Lembro de cada passo,
Mas faço tudo errado.
Porque valorizo o acaso.
E se por acaso lembrar de mim,
Estarei por aí.
Não são esquecidas.
Tenho memória de bailarina:
Lembro de cada passo,
Mas faço tudo errado.
Porque valorizo o acaso.
E se por acaso lembrar de mim,
Estarei por aí.
13/06/2011
Poesia primitiva
Quero uma poesia primitiva,
Como um sujeito baixo, magro e cabeçudo,
Montado num cavalo xucro.
Com sensibilidade, agilidade e coragem.
Agarrado no pescoço musculoso
Com um braço levantado, um punho vigoroso...
E um sorriso nos lábios.
Quero a poesia domando o mal
E fazendo o bem.
Meu bem.
Como um sujeito baixo, magro e cabeçudo,
Montado num cavalo xucro.
Com sensibilidade, agilidade e coragem.
Agarrado no pescoço musculoso
Com um braço levantado, um punho vigoroso...
E um sorriso nos lábios.
Quero a poesia domando o mal
E fazendo o bem.
Meu bem.
12/06/2011
Nunca é tarde pra partir
Nunca é tarde pra partir,
Particionar
E participar:
Compartir,
Repartir.
Partir
Pra permitir,
Pra persistir
Ou parar.
Partir
É cindir,
Competir,
Ferir
E ir.
De uma vez,
Outra vez.
Sem talvez.
Particionar
E participar:
Compartir,
Repartir.
Partir
Pra permitir,
Pra persistir
Ou parar.
Partir
É cindir,
Competir,
Ferir
E ir.
De uma vez,
Outra vez.
Sem talvez.
11/06/2011
Imperfeição
Vou assumir seus erros,
Vou me fazer imperfeito
E encarar o que devo.
Matematicamente!
Pode levar à frente
Seu projeto pra mim,
Seu projeto de mim.
E imaginar o que gostaria que fosse
Bom pra você,
Melhor pra mim.
Quando digo que não precisa de mim,
É que sei que seu cuidado é demais.
Tanto que me deixa sem ação,
Esperando sua intervenção.
E isso não é bom.
Preciso errar mais,
Viver sem paz!
Sem você.
Vou me fazer imperfeito
E encarar o que devo.
Matematicamente!
Pode levar à frente
Seu projeto pra mim,
Seu projeto de mim.
E imaginar o que gostaria que fosse
Bom pra você,
Melhor pra mim.
Quando digo que não precisa de mim,
É que sei que seu cuidado é demais.
Tanto que me deixa sem ação,
Esperando sua intervenção.
E isso não é bom.
Preciso errar mais,
Viver sem paz!
Sem você.
10/06/2011
Trem das seis

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Quem não conhece o trem das seis precisa ter três filhos pequenos de vez, e ser acordado às seis. Mais do que isso, precisa saber o que é seguir nos trilhos dos filhos. E tem de dormir cedo (junto com eles), porque no dia seguinte lá vem o trem, pontualmente. Irritantemente. Em meio à chegada e à partida do trem, tento levar a composição para a estação. Esta ação poética. Esta é a ação de viver. Toda poesia é composição, é decomposição. Vivo na poesia, vivo me decompondo. E minha graça está além: um dia essa criançada cresce e vai ler isso aqui. Mesmo que eu não esteja mais aí. Já estive aqui. Intensamente. Atropelado diariamente. Por esse trem que me trouxe tanta agonia. Tanto quanto alegria.
E vamos em frente!
09/06/2011
Criatura
Criação é dor.
Criatura é coisa.
Criado é mudo.
Criança é tudo.
Ela cria mas...
Não mais.
Jogos de palavras,
Jogos de azar.
Azar o meu criar tantas criaturas,
Ser criado-mudo,
E não ser criança.
Essa é minha criação,
É minha dor.
Criatura é coisa.
Criado é mudo.
Criança é tudo.
Ela cria mas...
Não mais.
Jogos de palavras,
Jogos de azar.
Azar o meu criar tantas criaturas,
Ser criado-mudo,
E não ser criança.
Essa é minha criação,
É minha dor.
08/06/2011
Carregar
Sinto que me empena;
Cinto que me aperta.
Sinto culpa,
Sinto pena.
E faço pouco por mim,
Faço pouco de mim.
Pareço ser sempre assim:
Um burro de carga das euforias alheias,
Que me consomem e somem.
Minha função é carregar.
Carrego você comigo.
E você não alivia meu fardo.
Sinto saudade,
Do que já fui.
Fui?!
Cinto que me aperta.
Sinto culpa,
Sinto pena.
E faço pouco por mim,
Faço pouco de mim.
Pareço ser sempre assim:
Um burro de carga das euforias alheias,
Que me consomem e somem.
Minha função é carregar.
Carrego você comigo.
E você não alivia meu fardo.
Sinto saudade,
Do que já fui.
Fui?!
07/06/2011
Sincericídios
Quero contar umas verdades.
Mas não sei se tenho coragem:
Temo não poder contar,
Perder a conta.
Não sei se vai aguentar.
São tantas!
Quero apontar minha faca amolada,
Minha língua afiada,
Na direção errada.
Quero cometer sincericídios:
Matar sonhos,
Esperanças,
Ilusões...
Tenho tanto pra falar;
Quero tanto pra me calar.
Quero falar o que sei
(E o que nem sei se sei).
Mas melhor continuar calado,
Porque gato escaldado...
Se vai ao longe,
Se vai onde
Se engana o certo,
O direito.
E a direita.
A felicidade está na ignorância!
(ssshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!)
Sincericídio é um termo usado pela escritora Clara Averbuck.
Mas não sei se tenho coragem:
Temo não poder contar,
Perder a conta.
Não sei se vai aguentar.
São tantas!
Quero apontar minha faca amolada,
Minha língua afiada,
Na direção errada.
Quero cometer sincericídios:
Matar sonhos,
Esperanças,
Ilusões...
Tenho tanto pra falar;
Quero tanto pra me calar.
Quero falar o que sei
(E o que nem sei se sei).
Mas melhor continuar calado,
Porque gato escaldado...
Se vai ao longe,
Se vai onde
Se engana o certo,
O direito.
E a direita.
A felicidade está na ignorância!
(ssshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!)
Sincericídio é um termo usado pela escritora Clara Averbuck.
06/06/2011
Abro a garrafa e liberto você
Quando a bebida vem,
Você também.
Quando a bebida desce,
Você sobe.
Sobe à minha cabeça,
Sobe em cima de mim.
E me enche de lembranças;
Mesmo bebendo pra esquecer você.
E encontro você lá no fundo.
Lá do fundo do poço.
E se não deixo você em paz,
É porque sinto demais,
Sinto muito.
E nada mais.
Você também.
Quando a bebida desce,
Você sobe.
Sobe à minha cabeça,
Sobe em cima de mim.
E me enche de lembranças;
Mesmo bebendo pra esquecer você.
E encontro você lá no fundo.
Lá do fundo do poço.
E se não deixo você em paz,
É porque sinto demais,
Sinto muito.
E nada mais.
05/06/2011
Se tempo é dinheiro, vamos gastar!
Temos todo tempo do mundo pra gastar.
Temos todo mundo do tempo pra poupar.
E fingimos não ter opção, nem opinião.
₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪
Imagem: Dead Kennedys, a melhor banda de todos os tempos!
Temos todo mundo do tempo pra poupar.
E fingimos não ter opção, nem opinião.
₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪₪
Imagem: Dead Kennedys, a melhor banda de todos os tempos!
04/06/2011
Nuvens
Clima nebuloso,
Chuvoso,
Tormentoso.
E o sol parece ter sucumbido,
Desaparecido,
Morrido.
E quando a gente acostuma com os cinzas,
Eis que o sol renasce.
Tranquilamente,
Com força e alegria,
Anunciando um novo dia.
Como se nunca tivesse saído de lá,
Como se as nuvens fossem uma invenção nossa.
Quem sabe?!...
Chuvoso,
Tormentoso.
E o sol parece ter sucumbido,
Desaparecido,
Morrido.
E quando a gente acostuma com os cinzas,
Eis que o sol renasce.
Tranquilamente,
Com força e alegria,
Anunciando um novo dia.
Como se nunca tivesse saído de lá,
Como se as nuvens fossem uma invenção nossa.
Quem sabe?!...
03/06/2011
Pirata
Pirata vê ao longe a riqueza. Mesmo com um olho só. Afinal, ele é o rei dos mares e males. Seu chão é o mar. Um mar de ilusões. Seguidas cegamente. E ele que já viu de tudo, nunca se ilude. Isso é muito real.
02/06/2011
Bala na agulha
Queria ter bala na agulha.
Uma única bala,
Na agulha.
E coragem.
__________=====__
Em homenagem ao magnífico filme Taxi Driver, de Martin Scorcese, que está completando 35 anos.
Uma única bala,
Na agulha.
E coragem.
__________=====__
Em homenagem ao magnífico filme Taxi Driver, de Martin Scorcese, que está completando 35 anos.
01/06/2011
Subcidadania
Subcidadão
Submete-se,
Submerge.
Suporta o insuportável;
Suspeita do insuspeitável;
Supõe o irrefutável:
Sublima-se,
Subestima-se!
Sub-raça;
Sub-humanidade.
Subalternidade!
Sub-consciente,
Subserviente,
Sub-determinante,
Subordinado,
Substantivado,
Subempregado,
Subnutrido,
Suburbano,
Subornado,
Subjugado...
Subjaz.
Subitamente
Supera-se,
Subleva-se!
Subversivo?!
Sonho.
⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞⁞
Essa subcidadania é a negação da cidadania, da democracia. Nela não há viventes, só sobre. Sobreviventes. Uns sobre os outros. Montanha de cadáveres de olhos abertos deitados por aí, zanzando por aí. Buscando solidariedade e dignidade. Sem nem saber o que se busca, o que se quer. Apatia como sintoma da carestia.
Submete-se,
Submerge.
Suporta o insuportável;
Suspeita do insuspeitável;
Supõe o irrefutável:
Sublima-se,
Subestima-se!
Sub-raça;
Sub-humanidade.
Subalternidade!
Sub-consciente,
Subserviente,
Sub-determinante,
Subordinado,
Substantivado,
Subempregado,
Subnutrido,
Suburbano,
Subornado,
Subjugado...
Subjaz.
Subitamente
Supera-se,
Subleva-se!
Subversivo?!
Sonho.
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Essa subcidadania é a negação da cidadania, da democracia. Nela não há viventes, só sobre. Sobreviventes. Uns sobre os outros. Montanha de cadáveres de olhos abertos deitados por aí, zanzando por aí. Buscando solidariedade e dignidade. Sem nem saber o que se busca, o que se quer. Apatia como sintoma da carestia.