Posso ser safado
E estar a seu lado.
Posso ser o que não fui
Mesmo sem saber contar,
Mesmo sem cantar
De galo.
Posso ser o que quiser.
04/03/2014
03/03/2014
Caras
Dizem que tenho duas caras. Nunca disseram mentira tão absurda a meu respeito. Falta de respeito! Pois a cada dia tenho duas caras para trocar, com quem quiser. E outras 365 caras singulares. E muitas coroas.
02/03/2014
Um dia vou para o exterior de vez
Nunca fui para o exterior comigo.
Continuo recluso em mim,
Esperando a morte passar
E me levar pra lá,
Para o exterior de mim.
Vamos juntos?
Continuo recluso em mim,
Esperando a morte passar
E me levar pra lá,
Para o exterior de mim.
Vamos juntos?
01/03/2014
Raça ferida
Ponto de discórdia,
Com corda
De enforcar,
Que concorda
Que a roda
Está no ar
Para atordoar,
À toa.
Racismo,
Concorda?
Com corda
De enforcar,
Que concorda
Que a roda
Está no ar
Para atordoar,
À toa.
Racismo,
Concorda?
28/02/2014
Encruzilhada
E agora,
Como escapar?
O que fazer para não ser
Preso?
Quem terá a chave da minha casa,
Da entrada da minha vida?
Onde estará a saída?
Como escapar?
O que fazer para não ser
Preso?
Quem terá a chave da minha casa,
Da entrada da minha vida?
Onde estará a saída?
27/02/2014
Sonho
Já fiz tantas poesias
Que nem sei
Contar:
Já matei pessoas,
Já comi bichos,
Já perdi moedas,
Já andei sujo,
Já fui importante,
Já me apaixonei...
Mas nunca realizei um sonho:
Nunca voltei atrás.
E quem sabe esse não seja meu fim?
Só não vou
Pagar pra ver.
Que nem sei
Contar:
Já matei pessoas,
Já comi bichos,
Já perdi moedas,
Já andei sujo,
Já fui importante,
Já me apaixonei...
Mas nunca realizei um sonho:
Nunca voltei atrás.
E quem sabe esse não seja meu fim?
Só não vou
Pagar pra ver.
26/02/2014
Conveniência
Quem me daria um tempo,
Além do que for preciso,
Senão você?
Quem me dará razão,
Para viver com o coração,
Senão você?
Quem devorará eu e você,
Se não me vir?
Quem não me vê,
Convenientemente,
Senão você?
E o fim é sempre adiado,
A cada nascer do sol,
A cada nascer do só.
Além do que for preciso,
Senão você?
Quem me dará razão,
Para viver com o coração,
Senão você?
Quem devorará eu e você,
Se não me vir?
Quem não me vê,
Convenientemente,
Senão você?
E o fim é sempre adiado,
A cada nascer do sol,
A cada nascer do só.
25/02/2014
Desejar tudo. Sempre!
Há um passado esperando por mim
Na terra natal.
Há um presente, afinal.
E nenhum futuro
Para nós.
Mas não cansamos de desejar
Tudo em nós.
Na terra natal.
Há um presente, afinal.
E nenhum futuro
Para nós.
Mas não cansamos de desejar
Tudo em nós.
24/02/2014
Você não sabe ler?!
Não sei dizer adeus
Porque não sei dizer não.
Só sei escrever,
Mas você não sabe ler.
Sim, você não me lê.
Porque não sei dizer não.
Só sei escrever,
Mas você não sabe ler.
Sim, você não me lê.
23/02/2014
22/02/2014
Idealização de verdade
E por não ser de verdade
Não significa que sou de mentira.
Não sou falsidade,
Só ilusão
De sua visão
Idealizada
De verdade
Em mim.
Mas não sou assim.
Não significa que sou de mentira.
Não sou falsidade,
Só ilusão
De sua visão
Idealizada
De verdade
Em mim.
Mas não sou assim.
21/02/2014
20/02/2014
19/02/2014
18/02/2014
Na rua por aí
Havia uma adolescente só na rua.
Ela estava só na sua,
Estava nua,
Na lua
Cheia de si.
Havia uma adolescente só.
E muitos adúlteros.
E todos se deram
Muito bem.
Havia uma adolescente.
E ela era eu,
Buscando o que perdeu.
Ela se perdeu!
Ela estava só na sua,
Estava nua,
Na lua
Cheia de si.
Havia uma adolescente só.
E muitos adúlteros.
E todos se deram
Muito bem.
Havia uma adolescente.
E ela era eu,
Buscando o que perdeu.
Ela se perdeu!
17/02/2014
Vai de retro!
Quero ver a lua cheia de frente,
Mas não quero ver você de lado.
Não quero tê-la a meu lado.
Nem atrás de mim.
Mas não quero ver você de lado.
Não quero tê-la a meu lado.
Nem atrás de mim.
16/02/2014
15/02/2014
Eduarda
Ela tinha uma camisa velha, cheirosa como se fosse nova.
Uma camisa puída feito suas memórias.
Ela tinha duas fotos velhas,
Retocadas.
E uma vontade enorme de encontrar a paz,
Seu pai.
Ela tinha uma mãe, um marido, dois filhos, uma casa, muitos tapetes...
E lágrimas,
Muitas lágrimas,
Uma para cada lacuna,
Para cada dia sem entender porquê.
Um luto eterno,
Luto que nenhum perdão apaga.
Mas reconstrói seu lugar no mundo.
..............................................................................
Em homenagem a Eduarda Crispim Leite, filha do militante Eduardo Leite (Bacuri), que foi torturado e morto pela ditadura militar. Ela nasceu durante a ditadura. As torturas que seus pais sofreram ainda a torturam. E não há dinheiro que pague a falta que faz.
Uma camisa puída feito suas memórias.
Ela tinha duas fotos velhas,
Retocadas.
E uma vontade enorme de encontrar a paz,
Seu pai.
Ela tinha uma mãe, um marido, dois filhos, uma casa, muitos tapetes...
E lágrimas,
Muitas lágrimas,
Uma para cada lacuna,
Para cada dia sem entender porquê.
Um luto eterno,
Luto que nenhum perdão apaga.
Mas reconstrói seu lugar no mundo.
..............................................................................
Em homenagem a Eduarda Crispim Leite, filha do militante Eduardo Leite (Bacuri), que foi torturado e morto pela ditadura militar. Ela nasceu durante a ditadura. As torturas que seus pais sofreram ainda a torturam. E não há dinheiro que pague a falta que faz.
14/02/2014
Amores
Todo revolucionário tem uma família
Maior que uma família,
Do tamanho de meio mundo,
Meio mudo.
E carrega essa gente toda de peito aberto,
Em braços fortes
E corações cheios
De amor.
Seguir é o que resta pra quem fica atrás
De um sonho que se quer viver.
E não se vive.
Não se deixa levar
Por medos ou modos impostos.
Módicos impostos
De fazer cumprir uma missão.
Todo revolucionário tem uma caixinha,
Onde se guarda o que se aguarda ver:
Amores.
Maior que uma família,
Do tamanho de meio mundo,
Meio mudo.
E carrega essa gente toda de peito aberto,
Em braços fortes
E corações cheios
De amor.
Seguir é o que resta pra quem fica atrás
De um sonho que se quer viver.
E não se vive.
Não se deixa levar
Por medos ou modos impostos.
Módicos impostos
De fazer cumprir uma missão.
Todo revolucionário tem uma caixinha,
Onde se guarda o que se aguarda ver:
Amores.
13/02/2014
Pai
Sou seu pai de fato.
E não tenho nenhum direito,
De ter você pra mim.
Porque o mundo é maior que uma barriga cheia.
E ele precisa mais de você do que eu.
Sou seu pai de fato.
Mas não tenho direito de impor deveres
De amar esse mundo que não nos pariu.
Sou seu pai de fato.
E isso me basta tanto
Que nem sei o que não é ser
Pai.
E nem sei se deixarei de sê-lo
Quando a mentira se tornar verdade,
Quando a verdade se desfiar inteira.
Porque sou seu pai de fato.
Sou seu...
Fui!
E não tenho nenhum direito,
De ter você pra mim.
Porque o mundo é maior que uma barriga cheia.
E ele precisa mais de você do que eu.
Sou seu pai de fato.
Mas não tenho direito de impor deveres
De amar esse mundo que não nos pariu.
Sou seu pai de fato.
E isso me basta tanto
Que nem sei o que não é ser
Pai.
E nem sei se deixarei de sê-lo
Quando a mentira se tornar verdade,
Quando a verdade se desfiar inteira.
Porque sou seu pai de fato.
Sou seu...
Fui!
12/02/2014
11/02/2014
10/02/2014
Amar não está pra peixes
E quando nos faltar amor,
Que não nos falte ar.
Um espaço pra respirar
O ar da manhã,
Do amanhã,
Hoje,
Sempre.
Sem ar não se vive,
Nem se ama.
Que não nos falte ar.
Um espaço pra respirar
O ar da manhã,
Do amanhã,
Hoje,
Sempre.
Sem ar não se vive,
Nem se ama.
09/02/2014
Repressão (policial) e ressentimento (social)
Havia uma repressão sentida a golpes de chicote, uma violência que se realizava no mato por capitães sem patentes, nem reservas.
Havia uma polícia política, de uma violência desmedida, cheia de ordens e ressentimentos.
Havia uma polícia vigilante, ignorante, torturante, mal formada e mal informada: ela se tornou um esquadrão, com um batalhão de assassinatos.
Havia uma polícia seletiva, repressiva, que achava que a ordem era para ser batida na mente, no corpo, na cidade e no campo (político), normalizando a violência e violentando a norma.
Era uma polícia desproporcional, ilegal, abusiva, repressiva...
É. Somos.
E não há movimento que suporte tanto ressentimento, de lado a lado.
Quem vai afrouxar a corda primeiro?
.....................................................................................
Esse texto poético foi escrito após conversa intensa realizada com o amigo Thiago Fabres de Carvalho sobre a polícia brasileira e seu histórico de violências e violações. A conversa aconteceu na praia de Ubu, município de Anchieta/ES, em junho ou julho de 2013, durante importante retiro espiritual.
Havia uma polícia política, de uma violência desmedida, cheia de ordens e ressentimentos.
Havia uma polícia vigilante, ignorante, torturante, mal formada e mal informada: ela se tornou um esquadrão, com um batalhão de assassinatos.
Havia uma polícia seletiva, repressiva, que achava que a ordem era para ser batida na mente, no corpo, na cidade e no campo (político), normalizando a violência e violentando a norma.
Era uma polícia desproporcional, ilegal, abusiva, repressiva...
É. Somos.
E não há movimento que suporte tanto ressentimento, de lado a lado.
Quem vai afrouxar a corda primeiro?
.....................................................................................
Esse texto poético foi escrito após conversa intensa realizada com o amigo Thiago Fabres de Carvalho sobre a polícia brasileira e seu histórico de violências e violações. A conversa aconteceu na praia de Ubu, município de Anchieta/ES, em junho ou julho de 2013, durante importante retiro espiritual.
08/02/2014
Flores
As flores não encobrem
Nossa dor,
Não perfumam
Esse odor
Que nos enche de torpor.
E o corpo moído
Não se vê,
Não sente mais prazer.
Nem cansaço,
Nem aperto,
Nem suor...
E, no entanto, o amor jamais acaba.
----------------------------------------------------
Um ano. Ah!...
Nossa dor,
Não perfumam
Esse odor
Que nos enche de torpor.
E o corpo moído
Não se vê,
Não sente mais prazer.
Nem cansaço,
Nem aperto,
Nem suor...
E, no entanto, o amor jamais acaba.
----------------------------------------------------
Um ano. Ah!...
07/02/2014
Sol forte em Curitiba é morte
O sol forte
Prenuncia a morte.
Ando sem sorte.
E sem o meu amor.
-----------------------------------------------
O sol raiou logo cedo em céu aberto e límpido. Mas o ar continuava gelado. E eu, agasalhado em cobertas peludas. (nov./013)
Prenuncia a morte.
Ando sem sorte.
E sem o meu amor.
-----------------------------------------------
O sol raiou logo cedo em céu aberto e límpido. Mas o ar continuava gelado. E eu, agasalhado em cobertas peludas. (nov./013)
06/02/2014
Chuva
A chuva veio acabar com algumas reinações na terra:
Aterros irregulares
E enterros regulares;
Pessoas sobre e sub;
Terras demais e de menos...
E o bem virá do fim,
Se o coração amolecer.
Aterros irregulares
E enterros regulares;
Pessoas sobre e sub;
Terras demais e de menos...
E o bem virá do fim,
Se o coração amolecer.
05/02/2014
Desigual
Tudo é pra poucos.
E você querendo muitos
Amigos instáveis,
Indeléveis,
Fugases.
Ares,
Mares,
Pares
Jogados
Em si.
Azares!
Vai a Roma!
E você querendo muitos
Amigos instáveis,
Indeléveis,
Fugases.
Ares,
Mares,
Pares
Jogados
Em si.
Azares!
Vai a Roma!
04/02/2014
03/02/2014
02/02/2014
01/02/2014
Deus meu! (uma leitura poético-consumista da fé)
As pessoas querem se aproximar de Deus.
Ele mostra sua face humana e elas querem
Tocá-lo,
Apertá-lo...
Matá-lo.
Elas querem um pouco dessa divindade,
Mas quando descobrem sua humanidade...
A queda é inevitável!
O fim de Deus é sua humanidade.
Enquanto se mantiver distância de Deus,
Ele estará vivo,
Ele será perfeito,
Salvador...
As pessoas só esquecem de uma coisa:
Deus também tem vontades!
Ele quer se aproximar das pessoas,
Tocá-las,
Apertá-las,
Usa-las...
Ele quer um pouco mais de humanidade,
Mas quando percebe a frustração delas...
A fuga é inevitável!
O fim da humanidade de Deus é sentir com.
Enquanto se mantiver a proximidade com Deus,
As pessoas estarão mortas,
Elas se verão imperfeitas,
Pequenas...
E desejarão a liberdade,
Desejarão ser Deus.
Esse é o fim de tudo.
Eis o princípio da religião...
E da vida a dois.
Ele mostra sua face humana e elas querem
Tocá-lo,
Apertá-lo...
Matá-lo.
Elas querem um pouco dessa divindade,
Mas quando descobrem sua humanidade...
A queda é inevitável!
O fim de Deus é sua humanidade.
Enquanto se mantiver distância de Deus,
Ele estará vivo,
Ele será perfeito,
Salvador...
As pessoas só esquecem de uma coisa:
Deus também tem vontades!
Ele quer se aproximar das pessoas,
Tocá-las,
Apertá-las,
Usa-las...
Ele quer um pouco mais de humanidade,
Mas quando percebe a frustração delas...
A fuga é inevitável!
O fim da humanidade de Deus é sentir com.
Enquanto se mantiver a proximidade com Deus,
As pessoas estarão mortas,
Elas se verão imperfeitas,
Pequenas...
E desejarão a liberdade,
Desejarão ser Deus.
Esse é o fim de tudo.
Eis o princípio da religião...
E da vida a dois.
31/01/2014
Amanhã você vai reconhecer
Amanhã.
Amanhã você vai ser
(Vai saber?!...)
O que hoje não se deu,
O que não doeu.
Mas se doará,
Sem saber por que(m).
Doerá o quanto lhe faltar.
E amanhã,
Você vai dizer,
Você vai ver,
O que ninguém quer,
Reconhecer.
Amanhã você vai ser
(Vai saber?!...)
O que hoje não se deu,
O que não doeu.
Mas se doará,
Sem saber por que(m).
Doerá o quanto lhe faltar.
E amanhã,
Você vai dizer,
Você vai ver,
O que ninguém quer,
Reconhecer.
30/01/2014
29/01/2014
Tempestade em copo d'água
Não levo água pra cama,
Nem desaforo pra casa.
Mas você me cansa demais.
Já tenho muito trabalho,
E menos filhos do que gostaria,
Mas vontade não me falta de brigar
Com você
Para o seu bem,
Meu bem.
Nem desaforo pra casa.
Mas você me cansa demais.
Já tenho muito trabalho,
E menos filhos do que gostaria,
Mas vontade não me falta de brigar
Com você
Para o seu bem,
Meu bem.
28/01/2014
Teatro
Há sempre uma história boa
Por trás dos panos sujos
E diante da boca aberta
Da plateia hierarquizada.
Se você pensou na política,
O autor, no teatro.
E nós detestamos os dois.
Eu e você,
É pura encenação!
Por trás dos panos sujos
E diante da boca aberta
Da plateia hierarquizada.
Se você pensou na política,
O autor, no teatro.
E nós detestamos os dois.
Eu e você,
É pura encenação!
27/01/2014
26/01/2014
Amor, só acredito na dor
Nunca acreditei nesse tal de amor,
Nunca acreditei em quem me faz sofrer.
E não venha me dizer
Que é comum doer,
Que tenho que aceitar essa dor.
Nunca acreditei em quem me faz sofrer.
E não venha me dizer
Que é comum doer,
Que tenho que aceitar essa dor.
25/01/2014
24/01/2014
Havia
Havia...
Não há mais.
Há via,
Muitas vias.
Mas nenhuma me leva a você,
Nenhuma é como você.
A via ávida de vida
É dádiva devida,
Dívida de morte,
Da vida
Dividida
Que se foi
Sem sorte,
Sem viver.
Havia.
Há...
Não há mais.
Há via,
Muitas vias.
Mas nenhuma me leva a você,
Nenhuma é como você.
A via ávida de vida
É dádiva devida,
Dívida de morte,
Da vida
Dividida
Que se foi
Sem sorte,
Sem viver.
Havia.
Há...
23/01/2014
Era uma vez uma puta
Era uma puta inteira,
Sem meias palavras
E com uma piranha na cabeça.
E nada mais.
Era uma puta de verdade,
Cheia de vontade
E malícia,
Como uma boa delícia,
Que se come sem pensar no final,
Sem engordar,
Afinal.
Sem meias palavras
E com uma piranha na cabeça.
E nada mais.
Era uma puta de verdade,
Cheia de vontade
E malícia,
Como uma boa delícia,
Que se come sem pensar no final,
Sem engordar,
Afinal.
22/01/2014
Vai sem culpa e deixa o medo de mim mesmo
Sem querer
Dei o que você queria
Soltura,
Solidão do meu olhar,
Tortura!
Vai sem culpa,
Já tenho as minhas
E não aguento mais vê-la
Sofrer.
Não aguento mais sofrer
Sem vê-la.
Não é o fim que me mete medo,
Mas o início (do pensar)
Que se mete
Sem medida
Em mim,
Sem você.
--------------------
01/11/12
Dei o que você queria
Soltura,
Solidão do meu olhar,
Tortura!
Vai sem culpa,
Já tenho as minhas
E não aguento mais vê-la
Sofrer.
Não aguento mais sofrer
Sem vê-la.
Não é o fim que me mete medo,
Mas o início (do pensar)
Que se mete
Sem medida
Em mim,
Sem você.
--------------------
01/11/12
21/01/2014
Um homem estranho
Havia um homem muito estranho,
Que parecia querer sempre o pior
E nunca dava o seu melhor.
E se contentava com seu lugar no mundo,
Sem ganância,
Nem ciúmes.
Isso não era entendido,
Senão como desamor.
Talvez fosse,
Talvez não.
A incerteza é a razão de ser
Humano,
Errante,
Safado...
Muito estranho,
Havia um homem.
Que parecia querer sempre o pior
E nunca dava o seu melhor.
E se contentava com seu lugar no mundo,
Sem ganância,
Nem ciúmes.
Isso não era entendido,
Senão como desamor.
Talvez fosse,
Talvez não.
A incerteza é a razão de ser
Humano,
Errante,
Safado...
Muito estranho,
Havia um homem.
20/01/2014
A pessoa jogadora quer crise
A pessoa jogadora é uma pessoa
Em crise.
Crise,
É o que ela quer,
Mesmo que não saiba.
Ela vai atrás
Quando se sente desafiada,
Quando se percebe desafinada.
E ele contribui com críticas:
Ela carece
E ele, cárcere!
Quando não houver mais crise,
Não haverá mais crime.
Nem castigo.
Não haverá mais jogo.
Em crise.
Crise,
É o que ela quer,
Mesmo que não saiba.
Ela vai atrás
Quando se sente desafiada,
Quando se percebe desafinada.
E ele contribui com críticas:
Ela carece
E ele, cárcere!
Quando não houver mais crise,
Não haverá mais crime.
Nem castigo.
Não haverá mais jogo.
19/01/2014
Doente
Sinto falta,
Peço alta...
Mas continuo doente,
Continuo paciente,
Reticente.
Não posso lutar com o que não sei
Fazer.
Mas essa dor um dia aplacará
Meu medo,
Trará um sentido
Ao sentido,
Ao sofrido
Coração carente,
Drama da gente
Vivente.
Peço alta...
Mas continuo doente,
Continuo paciente,
Reticente.
Não posso lutar com o que não sei
Fazer.
Mas essa dor um dia aplacará
Meu medo,
Trará um sentido
Ao sentido,
Ao sofrido
Coração carente,
Drama da gente
Vivente.
18/01/2014
17/01/2014
16/01/2014
Pó
São muitas mortes todo dia.
São muitos dias em toda morte,
Em toda sorte
Grande.
E recontamos alguns deles.
E nos perdemos sempre,
Embaralhamos tudo,
Confundimos verdades.
E sentimos saudades,
De mais um morto
Dia que se foi.
E nenhum outro virá o substituir.
O morto vira memória
Se alguém tiver lembrança.
Ou virá só...
Pó.
São muitos dias em toda morte,
Em toda sorte
Grande.
E recontamos alguns deles.
E nos perdemos sempre,
Embaralhamos tudo,
Confundimos verdades.
E sentimos saudades,
De mais um morto
Dia que se foi.
E nenhum outro virá o substituir.
O morto vira memória
Se alguém tiver lembrança.
Ou virá só...
Pó.
15/01/2014
Seu erro, meu berro
Você pagará caro por seu erro.
Pagará, claro.
Seu erro será
Seu.
E meu preço será
Eu.
..................................................................................
"Se depender de mim pra você viver,
Pode encomendar o seu caixão" (Martinho da Vila)
Pagará, claro.
Seu erro será
Seu.
E meu preço será
Eu.
..................................................................................
"Se depender de mim pra você viver,
Pode encomendar o seu caixão" (Martinho da Vila)