14/02/2013

Esmeralda

Esmeralda sem brilho,
Valiosa igual.
Cheia do valor que se deu,
Moeu,
Morreu...
Junto com o morrente.
Porque tanto se deu que se viu ali,
Impassível,
E se viu partir.
Sem escolher ficar,
Sem querer pensar...
E se pudesse se daria mais uma vez,
Uma última vez,
Em seu lugar.
E ainda precisa ser dura como uma pedra,
Que vende,
Pra manter seu valor.
Mas é pedra triturada,
Toda quebrada,
Nos olhos dos outros.
E só quer chorar,
Sem perder o seu valor.

Esmeralda,
Você é pedra preciosa!
Pode chorar,
Mais que nós,
Desatados a chorar.
Porque você deu o seu valor,
Deu o seu melhor.
Mas saiba que,
Nunca se perde o valor
Que um dia se teve.
Ele estará sempre em você (em nós)!

13/02/2013

Era...

Era uma curva subida.
Era uma curva infinita.
Era uma curva na memória,
Uma curva em nossas vidas.
Era uma curva direita,
Certa do fim,
Cheia de mim.
Era uma curva cheia de amor.
Era uma curva direto ao céu,
Com o seu amor.
Era uma coisa só.
Era uma vez...
Era, veneno da alma
De quem fica.
E.R.A., e agora?

12/02/2013

Vou pelas estradas

Vou pelas estradas
Buscando você,
Em cada passagem,
Ultrapassagem.

Vou atrás dos carros
Pensando na sua dor,
Prensando você de frente,
Pinçando você na mente
E enchendo de você
Minha boleia,
Minha baleia.
Bate de frente comigo
E o levo aos céus,
O levo aos seus,
Para rirmos das trajédias,
Das nossas e dos outros,
Sem vergonha,
Sem juízo,
Com certeza
De que se não fizermos,
Nos farão.
Vou pelas estradas
E sempre o encontro.
Volto sempre às estradas
Por onde você passou
E vejo seus rastros,
Seus desejos,
Seus medos,
Seus sorrisos...
Vou pelas estradas.
Vou.
Vai viver
(Pra sempre);
Vai ver
(Eu estava lá).

11/02/2013

Abraço apartado nunca mais será apertado. Só o coração.

Procuro sua gordura esparramada em mim, aconchegante e reticente. Seu abraço apertado, seu pescoço dobrado, deitada a cabeça no ombro largo...
Espero os tapinhas nas costas e o "filho da puta!" certo. Mas quando não vem, acabo me regozijando na memória pública dos particulares. E me punindo pela dor do abraço apartado.
Só o coração sofre.

10/02/2013

Marchinha

Encontro no tempo meu aliado
Para continuar alienado.
Mascarado mesmo após o carnaval,
Escondendo a tristeza que ficou.
Mas se a marchinha tocar(-me),
Vou sair por aí,
Atrás do tempo perdido,
Atrás de quem ficou.

09/02/2013

Muitos carnavais e uma mesma dor

O carnaval acabou.
Ele nem começou.
Mas outros carnavais virão.
Todos com a memória do que passou,
Do que nos deixou
Saudades!

08/02/2013

Vai e não nos deixa em paz!

Vai embora pra longe de nós.
Mais perto de nossos corações!...
Não há sumiço que o faça desaparecer
De nossas memórias.
E seguimos seu destino,
Com monotonia e temor,
Sem querer achar o que partiu
Nosso amor.
Repartiu,
A dor.