Seja feliz nesse dia!
E em muitos mais.
Você merece!
Mas não em todos,
Senão você não cresce.
Senão você me esquece.
31/12/2013
30/12/2013
O outro
Segue mesmo seu coração,
Porque cabeça você não tem!
E quem não tem razão,
Grita (de dor).
Porque seu outro sempre trará
Seu mal;
O outro será seu mal.
Porque cabeça você não tem!
E quem não tem razão,
Grita (de dor).
Porque seu outro sempre trará
Seu mal;
O outro será seu mal.
29/12/2013
Tudo passa
Não há que pensar,
Nem sofrer.
Não há que ser
Não há mais...
Nós.
Sabe quantas gotas pingaram até o fim chegar?
Pensa nas horas passadas,
Pensa no chão pisado
Ou na fome do pobre...
Agora me diz:
O que tudo isso lhe parece?
Como se esquece?
Nem sofrer.
Não há que ser
Não há mais...
Nós.
Sabe quantas gotas pingaram até o fim chegar?
Pensa nas horas passadas,
Pensa no chão pisado
Ou na fome do pobre...
Agora me diz:
O que tudo isso lhe parece?
Como se esquece?
28/12/2013
Aperto
No corredor da minha morte.
Sorte
Nada ser igual,
Tudo ser normal...
E meus olhos não enxergarem mais
Saída!
27/12/2013
26/12/2013
Nunca prometi mais do que vivi
Nunca prometi amores.
Mas também não prometi pudores.
Nossos encontros serão sempre festivos,
Mesmo quando as lágrimas rolarem.
Festejaremos a certeza do fim,
A imediatidade da vida,
A longa espera no corredor da morte
Saciada num estante só,
No outro.
E nosso prazer será
Reconhecer,
Em meio aos temores,
Os temores do fim.
Que nos leva,
Sem nos levar,
Ao encontro das almas perdidas.
Mas também não prometi pudores.
Nossos encontros serão sempre festivos,
Mesmo quando as lágrimas rolarem.
Festejaremos a certeza do fim,
A imediatidade da vida,
A longa espera no corredor da morte
Saciada num estante só,
No outro.
E nosso prazer será
Reconhecer,
Em meio aos temores,
Os temores do fim.
Que nos leva,
Sem nos levar,
Ao encontro das almas perdidas.
25/12/2013
Uma poesia posmoderna e neoliberal sobre a liquidez da vida gasosa
Morreu o Absoluto.
Mas ainda temos Absolut.
Vamos beber ao caos
E dormir abraçados aos cadáveres,
Que estão por aí,
Feito zumbi,
Buscando cérebros em extinção.
E em meio a desolação,
Quem tem um olho só,
Enxerga menos do que devia,
Mas vê mais do que podia.
E será torturado até a morte,
Por não ter tido a sorte
De nascer tapado,
De viver alienado.
Vamos celebrar o fim
Do estado líquido
Ao vapor,
Que já se foi.
Mas ainda temos Absolut.
Vamos beber ao caos
E dormir abraçados aos cadáveres,
Que estão por aí,
Feito zumbi,
Buscando cérebros em extinção.
E em meio a desolação,
Quem tem um olho só,
Enxerga menos do que devia,
Mas vê mais do que podia.
E será torturado até a morte,
Por não ter tido a sorte
De nascer tapado,
De viver alienado.
Vamos celebrar o fim
Do estado líquido
Ao vapor,
Que já se foi.
24/12/2013
23/12/2013
O vazio
Deixa-me gozar meu próprio vazio
E afundar no nada que me circunda.
Cada um tem o que merece para o seu deleite.
E a vida é tão curta,
Que não viver a angústia da solidão
Parece um desperdício.
Quando a barca da vida desatracar,
Estaremos todos juntos,
Não haverá mais solidão,
Nem saudades.
Nosso maior castigo será conviver
Até o fim.
22/12/2013
A noite
A noite está inteira
Em mim.
E o barulho do mar
Desperta-me do sono.
Mas a saudade não passa
Do medo da noite.
´´´´´´´´´´``````````````````´´´´´´´´´´
Aracruz, 13/10/13.
Em mim.
E o barulho do mar
Desperta-me do sono.
Mas a saudade não passa
Do medo da noite.
´´´´´´´´´´``````````````````´´´´´´´´´´
Aracruz, 13/10/13.
21/12/2013
Quando o inverno chegar, você também.
Todo ano é igual,
Você se vai antes do Natal.
E depois do verão,
Verão,
Caem as folhas.
E as máscaras:
Não há solitário que resista no inverno.
Você se vai antes do Natal.
E depois do verão,
Verão,
Caem as folhas.
E as máscaras:
Não há solitário que resista no inverno.
20/12/2013
19/12/2013
Amigos não são abrigos
De que adianta ter amigos
Se eles não vão
Saber ler
O que se passa com você?...
De que adianta ter abrigos
Se na hora H
Do dia D
A sirene não tocar
Ou a porta emperrar?...
Vamos morrer todos,
Com amigos, abrigos...
Ou canhão.
Então, é melhor viver só.
E morrer abraçado.
Tudo acabará,
Bem!
Se eles não vão
Saber ler
O que se passa com você?...
De que adianta ter abrigos
Se na hora H
Do dia D
A sirene não tocar
Ou a porta emperrar?...
Vamos morrer todos,
Com amigos, abrigos...
Ou canhão.
Então, é melhor viver só.
E morrer abraçado.
Tudo acabará,
Bem!
18/12/2013
17/12/2013
Risco racismo
Risco,
Rabisco,
Rasgo...
Arrisco tudo
O que nada sou!
Arrasto-me,
Sem vergonha,
Por você.
Risco
Racismo.
Rabisco,
Rasgo...
Arrisco tudo
O que nada sou!
Arrasto-me,
Sem vergonha,
Por você.
Risco
Racismo.
16/12/2013
15/12/2013
Saudade/vontade
Saudade dá e come,
Devora e consome.
Depois some.
E nem diz a Deus,
Porque é ateu,
Que nem eu.
Então, saudade sou eu!
E você...
Vontade!
Devora e consome.
Depois some.
E nem diz a Deus,
Porque é ateu,
Que nem eu.
Então, saudade sou eu!
E você...
Vontade!
14/12/2013
Lama
A lama desceu sobre nós
E nos deixou soterrados,
Amargurados.
E ainda há lama sob a cama,
Sob nossos pés.
E as pegadas não nos deixam em paz.
E quando piscamos os olhos,
A terra escorre pelo rosto,
E já nem sentimos o gosto.
E nos deixou soterrados,
Amargurados.
E ainda há lama sob a cama,
Sob nossos pés.
E as pegadas não nos deixam em paz.
E quando piscamos os olhos,
A terra escorre pelo rosto,
E já nem sentimos o gosto.
13/12/2013
Ácido
Ácido, que corrói o meu caráter
E me enche de ilusões
Tão reais que não quero abandoná-las.
Ácido, que destrói o belo
Que há em você (e no mundo a seu redor):
Nada fica para sempre de pé.
E a podridão só se conserva
Na acidez do meu humor,
No mau humor dessa sua beleza imaginada.
E me enche de ilusões
Tão reais que não quero abandoná-las.
Ácido, que destrói o belo
Que há em você (e no mundo a seu redor):
Nada fica para sempre de pé.
E a podridão só se conserva
Na acidez do meu humor,
No mau humor dessa sua beleza imaginada.
12/12/2013
Armas da paz
Não há paz
Nas armas.
Não há paz
Nas almas.
E sem conflitos,
Não há sociedade,
Nem democracia.
E há quem queira,
Mesmo que por um dia,
Enquadrar o movimento.
Ora, não há paz!
Não há armas pacificadoras,
Todas são desintegradoras.
E os conflitos são a nossa paz.
Nas armas.
Não há paz
Nas almas.
E sem conflitos,
Não há sociedade,
Nem democracia.
E há quem queira,
Mesmo que por um dia,
Enquadrar o movimento.
Ora, não há paz!
Não há armas pacificadoras,
Todas são desintegradoras.
E os conflitos são a nossa paz.
11/12/2013
(Des)gostosa da vida
Desfila na passarela
E atrai os olhares
Da multidão desejante,
Cheia de taras
E muitas caras.
Mas ela quer ser vista por um,
Quer ser tida por um.
Mas quem ela quer
Se foi,
Parou o coração.
E hoje quem bate é a saudade.
E a cara cora
Enquanto a lágrima rola
Na boca seca de vontade.
Ela se recusou a aceitar, mas...
Agora vive só
Um dia de cada vez.
E ainda não é o fim.
E atrai os olhares
Da multidão desejante,
Cheia de taras
E muitas caras.
Mas ela quer ser vista por um,
Quer ser tida por um.
Mas quem ela quer
Se foi,
Parou o coração.
E hoje quem bate é a saudade.
E a cara cora
Enquanto a lágrima rola
Na boca seca de vontade.
Ela se recusou a aceitar, mas...
Agora vive só
Um dia de cada vez.
E ainda não é o fim.
10/12/2013
Mememeqte
Minha rainha está na rua
E minha princesa, no castelo.
Meu orgulho está ferido.
E o coração, partido.
Minha fé se foi.
E minha razão é você.
Quer dizer,
Tudo se acaba
Em nós.
--------------_______--_____
Inicialmente era: "Meus amores estão nas ruas/E sigo suas/Marcas/Cheias de sentidos/E razões/Para seguir/Por aí"
E minha princesa, no castelo.
Meu orgulho está ferido.
E o coração, partido.
Minha fé se foi.
E minha razão é você.
Quer dizer,
Tudo se acaba
Em nós.
--------------_______--_____
Inicialmente era: "Meus amores estão nas ruas/E sigo suas/Marcas/Cheias de sentidos/E razões/Para seguir/Por aí"
09/12/2013
Virgulino, lampião que esclarece a noite preta de Maria.
Sou um Virgulino.
E Maria Bonita anda atrás de mim.
É assim para preserva-la
Nas trevas e nas matas,
Até o fim.
Ela é linda,
E cheia de vi(n)das.
Sou uma vírgula
E nada se acaba em mim.
E Maria Bonita anda atrás de mim.
É assim para preserva-la
Nas trevas e nas matas,
Até o fim.
Ela é linda,
E cheia de vi(n)das.
Sou uma vírgula
E nada se acaba em mim.
08/12/2013
Vamos contar as verdades?!
Quero contar as verdades.
Quantas serão?
Quantos verão?
E se disser que não há nenhuma?...
Que são todas criações,
Puras invenções,
De quem não quer perder
Essa condição infantil
De temer o escuro
E viver de fantasias,
Feito estilista de carnaval.
E que mal há em fantasiar?
Onde está a mentira, senão no olhar?
----..----------- .. -.--------......................---.-
O objeto é puro.
É pura interpretação.
E o problema está na interrogação.
Oh deus arrogante e mentiroso
Que se diz verdade
E pune a vontade
Com olhar mortal!...
Onde estará a verdade,
Senão na cabeça errada
Que não pensa em nada
Além de se meter em furada
E, depois, ficar inchada?...
Toda verdade é parcial.
Quem poderá contá-la?
Quem saberá cata-la,
Com suas mãos?...
Quantas serão?
Quantos verão?
E se disser que não há nenhuma?...
Que são todas criações,
Puras invenções,
De quem não quer perder
Essa condição infantil
De temer o escuro
E viver de fantasias,
Feito estilista de carnaval.
E que mal há em fantasiar?
Onde está a mentira, senão no olhar?
----..----------- .. -.--------......................---.-
O objeto é puro.
É pura interpretação.
E o problema está na interrogação.
Oh deus arrogante e mentiroso
Que se diz verdade
E pune a vontade
Com olhar mortal!...
Onde estará a verdade,
Senão na cabeça errada
Que não pensa em nada
Além de se meter em furada
E, depois, ficar inchada?...
Toda verdade é parcial.
Quem poderá contá-la?
Quem saberá cata-la,
Com suas mãos?...
07/12/2013
Loucuras
E se as almas descuidadas saíssem por aí?
E se viessem atrás de mim?
E se a culpa por uma alma perdida fosse a mesma de muitas?
Poderia eu deitar (e rolar) em paz?
Prefiro, sem pena, as almas penadas,
Que não me bicam a noite,
Nem alimentam minha barriga.
E se viessem atrás de mim?
E se a culpa por uma alma perdida fosse a mesma de muitas?
Poderia eu deitar (e rolar) em paz?
Prefiro, sem pena, as almas penadas,
Que não me bicam a noite,
Nem alimentam minha barriga.
06/12/2013
05/12/2013
04/12/2013
03/12/2013
Verão
E se o vento nos trouxer pra perto,
Que o sol nos queime inteiros
E a chuva forte leve nossos protetores!
A noite desfaz as nossas sombras.
Que o sol nos queime inteiros
E a chuva forte leve nossos protetores!
A noite desfaz as nossas sombras.
02/12/2013
Dias maus; dias, bem!
Se a terça não for boa
Ainda tem a quarta,
Tem a quinta,
Ou a sexta...
Sábado descanso.
Domingo é pura alegria.
E talvez a segunda volte.
E tudo começa de novo.
Mas se não der certo,
Que dê errado,
De todos os lados.
Ainda tem a quarta,
Tem a quinta,
Ou a sexta...
Sábado descanso.
Domingo é pura alegria.
E talvez a segunda volte.
E tudo começa de novo.
Mas se não der certo,
Que dê errado,
De todos os lados.
01/12/2013
30/11/2013
29/11/2013
Sonhar voar
Subi no muro e avistei a cidade.
Desisti e desci:
As luzes ofuscaram meu olhar.
E nem sei para que serve viver,
Se é possível projetar,
Meu bem,
O mal
Que reside em nós,
Em querer
Sonhar.
Desisti e desci:
As luzes ofuscaram meu olhar.
E nem sei para que serve viver,
Se é possível projetar,
Meu bem,
O mal
Que reside em nós,
Em querer
Sonhar.
28/11/2013
27/11/2013
Fim
O maior fim é o chão.
Para lá todos vão.
Eu que nunca tirei os pés daqui...
Não paro de saber
O que é o fim.
Para lá todos vão.
Eu que nunca tirei os pés daqui...
Não paro de saber
O que é o fim.
26/11/2013
Era tudo ilusão. É.
Era dona da vida,
Dona da casa,
Dona das crias,
Do homem,
Do carro...
Era dona de tudo.
Era dona,
Era nada.
Era.
Dona da casa,
Dona das crias,
Do homem,
Do carro...
Era dona de tudo.
Era dona,
Era nada.
Era.
25/11/2013
Segurança
Quer segurança?
Compre um capacete,
Use um colete,
Uma boia na cintura...
Veste tudo.
E sai às ruas,
Todos os dias,
Andando de lado,
Com um ar apavorado.
E reza para chegar em casa
E encontrar tudo no lugar.
E vive cada dia assim.
Todos os dias assim.
Se quer ordem,
Tem de se submeter às ordens.
E sorrir.
Mas se quer rir,
Goza na (des)ordem natural:
Tudo desmancha na nossa frente,
Mesmo que não se veja.
A ordem é o caos!
Compre um capacete,
Use um colete,
Uma boia na cintura...
Veste tudo.
E sai às ruas,
Todos os dias,
Andando de lado,
Com um ar apavorado.
E reza para chegar em casa
E encontrar tudo no lugar.
E vive cada dia assim.
Todos os dias assim.
Se quer ordem,
Tem de se submeter às ordens.
E sorrir.
Mas se quer rir,
Goza na (des)ordem natural:
Tudo desmancha na nossa frente,
Mesmo que não se veja.
A ordem é o caos!
24/11/2013
A guarda aguarda perto da porta. Ela continua fechada na fachada.
Guarda essa porta
Senão vou embora.
Repara os buracos,
As fendas
E os descascados de nós.
E pensa na sorte
Dela estar fechada,
Na beleza dessa fachada
De nós dois!
------ ------------- ---
11/11/11 : um atrás do outro três vezes
Senão vou embora.
Repara os buracos,
As fendas
E os descascados de nós.
E pensa na sorte
Dela estar fechada,
Na beleza dessa fachada
De nós dois!
------ ------------- ---
11/11/11 : um atrás do outro três vezes
23/11/2013
Negras vidas
Negra vida.
Em vívida lembrança
Deixada para mim,
Como de uma vez
Deixou a melancolia a euforia,
E viveram só
Uma aventura poética,
Erótica,
Mundana...
Apartada,
Separadas por um tempo,
Porque espaços nunca separam ninguém.
Mas ainda vivem lado a lado,
Uma atrás da outra.
Mas sem perseguição.
Uma dentro da outra,
Mas sem pressão.
São amigas amantes
Dos tempos errantes
Que não voltam mais,
Voltam melhores.
E os dias que se vão
Serão superados pelos que se dão,
Sem falsos amores.
Só amores,
Sem pudores nem temores.
E muitas saudades!
Em vívida lembrança
Deixada para mim,
Como de uma vez
Deixou a melancolia a euforia,
E viveram só
Uma aventura poética,
Erótica,
Mundana...
Apartada,
Separadas por um tempo,
Porque espaços nunca separam ninguém.
Mas ainda vivem lado a lado,
Uma atrás da outra.
Mas sem perseguição.
Uma dentro da outra,
Mas sem pressão.
São amigas amantes
Dos tempos errantes
Que não voltam mais,
Voltam melhores.
E os dias que se vão
Serão superados pelos que se dão,
Sem falsos amores.
Só amores,
Sem pudores nem temores.
E muitas saudades!
22/11/2013
Caranguejos, fujamos!
Vamos fugir,
O quanto antes,
Porque a lua está cheia
De más intenções,
E a cata,
Proibida.
Vamos preservar nossa espécie
Das bocas vorazes,
Que só querem nos chupar.
E que a lama se conserve íntegra
Em nós.
E nos conserve.
Caranguejos, fujamos!
Para nossa sobrevivência.
O quanto antes,
Porque a lua está cheia
De más intenções,
E a cata,
Proibida.
Vamos preservar nossa espécie
Das bocas vorazes,
Que só querem nos chupar.
E que a lama se conserve íntegra
Em nós.
E nos conserve.
Caranguejos, fujamos!
Para nossa sobrevivência.
21/11/2013
Bicicleta vazia não para em pé. Coração não para só.
Há um coração vazio
Em algum lugar.
Não sei precisar.
Mas quando encontrar alguém
Assim,
Estará além
De mim.
Porque não consigo depender
Do coração palpitante,
No tocante ao querer;
Nem viver a depender
De outro batimento,
De algum complemento,
Que tem sua própria cadência,
Sua própria demência.
Assim, só sou.
E rezo na cartilha da razão,
Meu coração.
...............................................................................
Essa poesia foi originariamente chamada de "O coração errante adora um berrante". Mas depois, na hora de digitá-la, resolvi rebatizá-la. Fique com o nome que quiser. Mas com a pessoa também.
Em algum lugar.
Não sei precisar.
Mas quando encontrar alguém
Assim,
Estará além
De mim.
Porque não consigo depender
Do coração palpitante,
No tocante ao querer;
Nem viver a depender
De outro batimento,
De algum complemento,
Que tem sua própria cadência,
Sua própria demência.
Assim, só sou.
E rezo na cartilha da razão,
Meu coração.
...............................................................................
Essa poesia foi originariamente chamada de "O coração errante adora um berrante". Mas depois, na hora de digitá-la, resolvi rebatizá-la. Fique com o nome que quiser. Mas com a pessoa também.
20/11/2013
A baba doce desce a barba boba
Se minha barba chegar ao peito,
Não tem jeito,
Estou com defeito,
Não há mais coração,
Só cacos de afetos.
São(s) efeitos
De uma cabeça fértil
E um coração estéril.
Não tem jeito,
Estou com defeito,
Não há mais coração,
Só cacos de afetos.
São(s) efeitos
De uma cabeça fértil
E um coração estéril.
19/11/2013
Pele, carne, sangue, alma e... Só!
Nosso lance deixou de ser
Uma coisa de pele,
Epiderme,
E desceu à carne.
E contaminou o sangue,
E apodreceu os ossos
E esvaiu a alma.
Deixou de ser sentido
E passou a ser "sentido!"
De lado a lado.
Continuo vegetariano.
E só.
Uma coisa de pele,
Epiderme,
E desceu à carne.
E contaminou o sangue,
E apodreceu os ossos
E esvaiu a alma.
Deixou de ser sentido
E passou a ser "sentido!"
De lado a lado.
Continuo vegetariano.
E só.
18/11/2013
Verde musgo
Olha esse verde esmeralda!
Verde fechado,
Pra correr.
Uma floresta ao meu redor
Sem nenhum animal
Além de mim.
Esse verde me descansa,
Isso tudo me cansa.
......... . .. ...... . .. . .....................
nov/2011
Verde fechado,
Pra correr.
Uma floresta ao meu redor
Sem nenhum animal
Além de mim.
Esse verde me descansa,
Isso tudo me cansa.
......... . .. ...... . .. . .....................
nov/2011
17/11/2013
O presente não é da gente
Não há futuro.
E você
Que se acha gostosa
E não sabe curtir o seu presente,
A não ser de forma reticente,
Não imagina o mal que virá,
E o bem que ele trará:
Conformar-se.
Formar-se com
O seu amor,
Na fôrma resignada do nada
A declarar
Poesias que se apagam,
Profecias que se apegam...
E o todo dia a ensinará
Que só se tem o que se faz
Com lutas no caminho...
E olhos fechados,
Que é pra não enjoar.
Tudo mais cairá (por terra)!
E você
Que se acha gostosa
E não sabe curtir o seu presente,
A não ser de forma reticente,
Não imagina o mal que virá,
E o bem que ele trará:
Conformar-se.
Formar-se com
O seu amor,
Na fôrma resignada do nada
A declarar
Poesias que se apagam,
Profecias que se apegam...
E o todo dia a ensinará
Que só se tem o que se faz
Com lutas no caminho...
E olhos fechados,
Que é pra não enjoar.
Tudo mais cairá (por terra)!
16/11/2013
15/11/2013
Canela
Não sou flor
Que se cheire,
Que se amasse
Sem se machucar.
Aliás, flor quase não há
Que se aproxime de mim.
Mas não me falta aroma
Que saem dos espinhos
Quando se quebram.
Se se quebram.
Então, a sorte de me encontrar
É poder
Se ferir.
Para sentir,
Em si,
Meu cheiro.
Sou pau seco de canela.
Que se cheire,
Que se amasse
Sem se machucar.
Aliás, flor quase não há
Que se aproxime de mim.
Mas não me falta aroma
Que saem dos espinhos
Quando se quebram.
Se se quebram.
Então, a sorte de me encontrar
É poder
Se ferir.
Para sentir,
Em si,
Meu cheiro.
Sou pau seco de canela.
14/11/2013
Em busca da paz
Há um pedaço de você
No meu (mau) caminho.
Há o que procurar
Mesmo sem se achar perdido.
Leva as pedras do caminho.
Mais à frente você vai precisar,
Para erguer uma morada
Ou para resistir à brigada.
E deite e role no seu chão pueril,
Lave as feridas com creolina
E leve-as consigo.
E depois cubra-se de mel.
A doçura da vida
Não está na falta de dor,
Mas em poder provar,
Compartilhar, amor!
E se deixar experimentar
Por quem encontrar
(Paz em você).
No meu (mau) caminho.
Há o que procurar
Mesmo sem se achar perdido.
Leva as pedras do caminho.
Mais à frente você vai precisar,
Para erguer uma morada
Ou para resistir à brigada.
E deite e role no seu chão pueril,
Lave as feridas com creolina
E leve-as consigo.
E depois cubra-se de mel.
A doçura da vida
Não está na falta de dor,
Mas em poder provar,
Compartilhar, amor!
E se deixar experimentar
Por quem encontrar
(Paz em você).
13/11/2013
Buscando o equilíbrio
Busco compreender o que não busquei,
E nunca sei
O que se passa,
A quem se mata...
E se não ligo para o outro,
Ele liga pra mim;
Mais do que deveria,
Menos do que gostaria.
E se há equilíbrios
É porque tudo é maior do que nós.
Sigamos sós,
Em meio à multidão
De desejos.
Buscando o equilíbrio.
E nunca sei
O que se passa,
A quem se mata...
E se não ligo para o outro,
Ele liga pra mim;
Mais do que deveria,
Menos do que gostaria.
E se há equilíbrios
É porque tudo é maior do que nós.
Sigamos sós,
Em meio à multidão
De desejos.
Buscando o equilíbrio.
11/11/2013
Almas contra armas
Masca o tiro,
Engole a bala (de borracha),
Cheira o gás do choro,
Morde a pimenta líquida
E fortalece a carcaça.
Para resistir ao carcará,
Esse estado
De coisas débeis
E mórbidas,
Que mortifica a cidadania
Em nome da ordem
De natureza morta
E enterrada
Em denúncias e contrassensos.
Engole a bala (de borracha),
Cheira o gás do choro,
Morde a pimenta líquida
E fortalece a carcaça.
Para resistir ao carcará,
Esse estado
De coisas débeis
E mórbidas,
Que mortifica a cidadania
Em nome da ordem
De natureza morta
E enterrada
Em denúncias e contrassensos.