31/12/2013

Seja feliz!

Seja feliz nesse dia!
E em muitos mais.
Você merece!
Mas não em todos,
Senão você não cresce.
Senão você me esquece.

30/12/2013

O outro

Segue mesmo seu coração,
Porque cabeça você não tem!
E quem não tem razão,
Grita (de dor).
Porque seu outro sempre trará
Seu mal;
O outro será seu mal.

29/12/2013

Tudo passa

Não há que pensar,
Nem sofrer.
Não há que ser
Não há mais...
Nós.
Sabe quantas gotas pingaram até o fim chegar?
Pensa nas horas passadas,
Pensa no chão pisado
Ou na fome do pobre...
Agora me diz:
O que tudo isso lhe parece?
Como se esquece?

28/12/2013

Aperto

Queria apertar você contra a parede,
No corredor da minha morte.
Sorte
Nada ser igual,
Tudo ser normal...
E meus olhos não enxergarem mais
Saída!

27/12/2013

Investimento

Junte todas as suas economias
E gaste(-se)
Comigo.
Serei seu melhor investimento
Até o fim.

26/12/2013

Nunca prometi mais do que vivi

Nunca prometi amores.
Mas também não prometi pudores.
Nossos encontros serão sempre festivos,
Mesmo quando as lágrimas rolarem.
Festejaremos a certeza do fim,
A imediatidade da vida,
A longa espera no corredor da morte
Saciada num estante só,
No outro.
E nosso prazer será
Reconhecer,
Em meio aos temores,
Os temores do fim.
Que nos leva,
Sem nos levar,
Ao encontro das almas perdidas.

25/12/2013

Uma poesia posmoderna e neoliberal sobre a liquidez da vida gasosa

Morreu o Absoluto.
Mas ainda temos Absolut.
Vamos beber ao caos
E dormir abraçados aos cadáveres,
Que estão por aí,
Feito zumbi,
Buscando cérebros em extinção.
E em meio a desolação,
Quem tem um olho só,
Enxerga menos do que devia,
Mas vê mais do que podia.
E será torturado até a morte,
Por não ter tido a sorte
De nascer tapado,
De viver alienado.
Vamos celebrar o fim
Do estado líquido
Ao vapor,
Que já se foi.

24/12/2013

Puta

Puta!
Puta que nem pariu,
Que partiu
Meu coração.
Se pudesse
Chamava você:
Puta,
Que saudade!

23/12/2013

O vazio


Deixa-me gozar meu próprio vazio
E afundar no nada que me circunda.
Cada um tem o que merece para o seu deleite.
E a vida é tão curta,
Que não viver a angústia da solidão
Parece um desperdício.
Quando a barca da vida desatracar,
Estaremos todos juntos,
Não haverá mais solidão,
Nem saudades.
Nosso maior castigo será conviver
Até o fim.

22/12/2013

A noite

A noite está inteira
Em mim.
E o barulho do mar
Desperta-me do sono.
Mas a saudade não passa
Do medo da noite.
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Aracruz, 13/10/13.

21/12/2013

Quando o inverno chegar, você também.

Todo ano é igual,
Você se vai antes do Natal.
E depois do verão,
Verão,
Caem as folhas.
E as máscaras:
Não há solitário que resista no inverno.

20/12/2013

Vou tentar

Não aceito mais.
Vou sair daqui,
Vou tentar viver só
De memórias.
E saudades
Não matam ninguém.

19/12/2013

Amigos não são abrigos

De que adianta ter amigos
Se eles não vão
Saber ler
O que se passa com você?...
De que adianta ter abrigos
Se na hora H
Do dia D
A sirene não tocar
Ou a porta emperrar?...
Vamos morrer todos,
Com amigos, abrigos...
Ou canhão.
Então, é melhor viver só.
E morrer abraçado.
Tudo acabará,
Bem!

18/12/2013

Prova

Prova
A prova:
Aprova;
Reprova.
Apavora
E evapora.
Porra,
Prova!

17/12/2013

Risco racismo

Risco,
Rabisco,
Rasgo...
Arrisco tudo
O que nada sou!
Arrasto-me,
Sem vergonha,
Por você.
Risco
Racismo.

16/12/2013

Para onde?

Eu aqui querendo me encontrar
E você buscando se perder.
E não vemos...
Saída.
Logo o dia amanhece.

15/12/2013

Saudade/vontade

Saudade dá e come,
Devora e consome.
Depois some.
E nem diz a Deus,
Porque é ateu,
Que nem eu.
Então, saudade sou eu!
E você...
Vontade!

14/12/2013

Lama

A lama desceu sobre nós
E nos deixou soterrados,
Amargurados.
E ainda há lama sob a cama,
Sob nossos pés.
E as pegadas não nos deixam em paz.
E quando piscamos os olhos,
A terra escorre pelo rosto,
E já nem sentimos o gosto.

13/12/2013

Ácido

Ácido, que corrói o meu caráter
E me enche de ilusões
Tão reais que não quero abandoná-las.
Ácido, que destrói o belo
Que há em você (e no mundo a seu redor):
Nada fica para sempre de pé.
E a podridão só se conserva
Na acidez do meu humor,
No mau humor dessa sua beleza imaginada.

12/12/2013

Armas da paz

Não há paz
Nas armas.
Não há paz
Nas almas.
E sem conflitos,
Não há sociedade,
Nem democracia.
E há quem queira,
Mesmo que por um dia,
Enquadrar o movimento.
Ora, não há paz!
Não há armas pacificadoras,
Todas são desintegradoras.
E os conflitos são a nossa paz.

11/12/2013

(Des)gostosa da vida

Desfila na passarela
E atrai os olhares
Da multidão desejante,
Cheia de taras
E muitas caras.
Mas ela quer ser vista por um,
Quer ser tida por um.
Mas quem ela quer
Se foi,
Parou o coração.
E hoje quem bate é a saudade.
E a cara cora
Enquanto a lágrima rola
Na boca seca de vontade.
Ela se recusou a aceitar, mas...
Agora vive só
Um dia de cada vez.
E ainda não é o fim.

10/12/2013

Mememeqte

Minha rainha está na rua
E minha princesa, no castelo.
Meu orgulho está ferido.
E o coração, partido.
Minha fé se foi.
E minha razão é você.
Quer dizer,
Tudo se acaba
Em nós.
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Inicialmente era: "Meus amores estão nas ruas/E sigo suas/Marcas/Cheias de sentidos/E razões/Para seguir/Por aí"

09/12/2013

Virgulino, lampião que esclarece a noite preta de Maria.

Sou um Virgulino.
E Maria Bonita anda atrás de mim.
É assim para preserva-la
Nas trevas e nas matas,
Até o fim.
Ela é linda,
E cheia de vi(n)das.
Sou uma vírgula
E nada se acaba em mim.

08/12/2013

Vamos contar as verdades?!

Quero contar as verdades.
Quantas serão?
Quantos verão?
E se disser que não há nenhuma?...
Que são todas criações,
Puras invenções,
De quem não quer perder
Essa condição infantil
De temer o escuro
E viver de fantasias,
Feito estilista de carnaval.
E que mal há em fantasiar?
Onde está a mentira, senão no olhar?
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O objeto é puro.
É pura interpretação.
E o problema está na interrogação.
Oh deus arrogante e mentiroso
Que se diz verdade
E pune a vontade
Com olhar mortal!...
Onde estará a verdade,
Senão na cabeça errada
Que não pensa em nada
Além de se meter em furada
E, depois, ficar inchada?...
Toda verdade é parcial.
Quem poderá contá-la?
Quem saberá cata-la,
Com suas mãos?...

07/12/2013

Loucuras

E se as almas descuidadas saíssem por aí?
E se viessem atrás de mim?
E se a culpa por uma alma perdida fosse a mesma de muitas?
Poderia eu deitar (e rolar) em paz?
Prefiro, sem pena, as almas penadas,
Que não me bicam a noite,
Nem alimentam minha barriga.

06/12/2013

Colim

É claro,
Tenho medo do escuro!
É clero,
Que me dá medo.
É cloro,
Que me clareia:
Quero colo.

05/12/2013

Benfazejo

Vai dar amor a um velho moribundo
E encontra abrigo.
Vai se foder
Comigo!

04/12/2013

Frio, calor e saudade

Frio no corpo
E coração quente,
Cheio da sua ausência
E de vontade de você.

03/12/2013

Verão

E se o vento nos trouxer pra perto,
Que o sol nos queime inteiros
E a chuva forte leve nossos protetores!
A noite desfaz as nossas sombras.

02/12/2013

Dias maus; dias, bem!

Se a terça não for boa
Ainda tem a quarta,
Tem a quinta,
Ou a sexta...
Sábado descanso.
Domingo é pura alegria.
E talvez a segunda volte.
E tudo começa de novo.
Mas se não der certo,
Que dê errado,
De todos os lados.

01/12/2013

MeNina

Me ame, Nina,
Minha menina!