23/07/2010

Captura sociológica


Se eu não ensino Direito, o problema não é meu, mas do processo de socialização. Por um lado, talvez eu não tenha tido boas experiências com quem achava que era bom, quem achava que ensinava Direito. Aliás, o presunçoso está a um passo da tragédia. E aquilo que era pra ser Direito, fica torto. De outro lado, minha experiência com a sociologia na faculdade foi sempre muito libertária. Naquele meu momento histórico era tudo que eu queria, era o que eu precisava. E o que era pra ser um coadjuvante, passou a principal. Fui capturado por essa sociologia que não me deixa parar de pensar. Vivo nela. E vivo dela.
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Obs: Tive dois professores de sociologia já no primeiro ano da faculdade de direito que foram fundamentais para minha opção pela carreira sociológica: Ricardo Falbo, que lecionava Introdução ao Estudo do Direito; e Amélia Rosa de Sá Barretto, que lecionava Sociologia e, posteriormente, foi minha orientadora de monografia na graduação. Ainda tive outros encontros com a sociologia na graduação, em palestras, encontros, debates e como monitor de sociologia do direito. Aí não tive como escapar, fui capturado mesmo.