10/02/2010

Confuso, esperançoso ou agressivo



Há coisas na vida que desejamos sem poder experimentar.
E há coisas que experimentamos sem desejar.
Há experiências que são impossíveis.
E há as que não nos permitimos.
Quero fazer o que não posso.
Posso querer o que não faço.
Penso em contradições.
Vivo como penso.
E não sei se isso deve ser diferente.
E nem sei se há outra maneira de ser.
Mas sugiro uma vida pensada.
Mas pretendo um pensamento vivo.
O que gostaria é de uma vida calma.
O que gostaria é de um pensamento novo.
Mas sem eliminar o que na vida há de melhor:
A possibilidade de resolver puzzles cotidianos.
Ou mesmo de passar adiante.
Pois não há demérito em perder.
Não há nada errado em não saber.
Eu mesmo já imaginei saber.
Eu mesmo já soube imaginar.
E quer saber,
Não vi motivos para não continuar
Tentando,
Errando
E acertando.
Qual o problema de aproximar-se do fim?
A vida pode estar no fim.
Ou o fim pode não estar ali.
Mas o que importa se não chegamos a lugar nenhum?
A quem importa desejarmos o impossível
E vivermos o indesejável?
O problema é particular.
O particular não é problema.
Quem disse que a vida acabou está errado.
Quem acha que o tempo se esvai está enganado.
A vida não é uma grande tentativa tentadora de acertar?
Se essa vontade se mantém
A vida vai além.
Mas quando a bomba para de bombear
A vida não está mais lá.
Você tem dificuldade de entender o que digo?
Talvez seja mesmo complicado e sem sentido.
Ou talvez não seja pra você.
Passe adiante.
Passar bem!