06/02/2011

Minha rotina

Hoje já entrei na minha luta dominical.
Não sei até quando elas vão durar.
Se pudesse, pagaria pelo seu fim.
(Esse já é meu fim)
E começaria tudo de novo,
Com mais porrada e variação,
Com mais emoção e menos razão.
Até cansar ou derrubar.
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Imagem: Cena do filme Guerra Conjugal, de Joaquim Pedro de Andrade, feito a partir da obra de Dalton Trevisan. Na cena acima a esposa gargalha da morte do marido, enquanto o filho, comovido, vela o corpo do pai. Pra ela, a morte do velho foi uma libertação de um marido que muitas vezes a espancara e encarcerara em casa. No filme, o marido correspondia metaforicamente à violência de estado realizada pela ditadura militar. A viúva diz que o filho foi o que mais sentiu a morte do pai e que se dedicava a espantar as moscas do defunto. Quem são os filhos da ditadura que não querem deixar o cadáver apodrecer? Que práticas sociais ainda revelam a permanência da ditadura militar até hoje? O que resta da ditadura militar?