06/09/2013

O filme da vida é um thriller de ações cortadas

Eis a vida
Que se passa diante de seus olhos.
Esse é o dia de hoje.
E nada vem (e nem vai) além,
Não há aquém.
Não há a quem
Culpar.
Não há porque
Reclamar.

Olhar para frente é imperativo.
Mas expectar demais, hiperativo.
Expectar demais é não expectorar o medo
E aprisionar o sonhado.
Ansiedade!
Nada mais que uma cena não exibida,
Intensamente desejada,
Trazendo agonia e dor
Seja para quem for.
Ou para quem ficar.

Controlar é desperdiçar a vida,
É cortar (ou contar) uma cena de cinema,
Em que não se vive,
Sem atores,
Sem improvisos,
Sem objetos, objetivos e objetivas.
Sem projetos e projetores.
Ah, e sufocos.
Quando o ar acabar,
Haverá chegado o fim.
===================
Poeta pressente. E vive entre o abrir e o fechar de olhos de cada dia. São muitos filmes, todos os dias.