Ontem assisti a um filme muito bom e que nos desperta para o problema das crianças no mundo todo: a invisibilidade das crianças e de suas necessidades num mundo construído pelos adultos e para os adultos. O filme "Crianças invisíveis" é uma coletânea de curtas sobre a temática infantil. Destaque para os curtas dirigidos por John Woo, Spike Lee e Katia Lund, nesta ordem.
O filme do chinês Woo é o último, mas é mesmo o melhor de todos, trabalhando a desigualdade social na China, mostra duas garotinhas com destinos aparentemente tão distintos, uma é pobre e ao outra é rica, mas com necessidades tão idênticas: afeto, cuidado, proteção, amor. O filme é de chorar.
O filme do americano Lee aborda o problema das crianças portadoras do HIV nos Estados Unidos. Estas são mesmo crianças invisíveis. Quando pensamos nos problemas das crianças, lembramos logo de violência, pobreza, fome, exploração sexual e trabalho escravo. Mas esquecemos completamente dos doentes. As crianças portadoras do vírus HIV sofrem discriminações e perseguições das outras crianças e dos adultos. Muitas delas nem sabe o que é AIDS, mas seus coleguinhas gritam o tempo todo que elas são "aidéticas", que vão morrer etc. Como toda criança faz, elas perguntam inocentemente: o que é AIDS? Eu vou morrer, mamãe? O que responder? Elas saberão o que é a discrimimnação ou a morte antes mesmo de saber o que é AIDS. Tocante!
O filme da brasileira Lund, é sobre crianças catadoras de papéis e outros recicláveis na cidade de São Paulo. Esta realidade a gente conhece bem, mas isso não quer dizer que essas crianças sejam menos invisíveis para nós. A última cena do filme é emblemática do problema da desigualdade social que afeta as nossas crianças, que são trabalhadoras (embora não devessem ser): os prédios suntuosos de Sampa surgem, numa abertura de câmera, ao lado de uma favela e impondo-se sobre ela. Triste sentir a sensação de "a vida continua" na tomada final. As decisões das grandes empresas, com milhões de dólares envolvidos, são tomadas ao lado das favelas e das crianças invisíveis das grandes cidades brasileiras, que lutam para conquistar míseros reais.
Vale a pena assistir.
O filme do chinês Woo é o último, mas é mesmo o melhor de todos, trabalhando a desigualdade social na China, mostra duas garotinhas com destinos aparentemente tão distintos, uma é pobre e ao outra é rica, mas com necessidades tão idênticas: afeto, cuidado, proteção, amor. O filme é de chorar.
O filme do americano Lee aborda o problema das crianças portadoras do HIV nos Estados Unidos. Estas são mesmo crianças invisíveis. Quando pensamos nos problemas das crianças, lembramos logo de violência, pobreza, fome, exploração sexual e trabalho escravo. Mas esquecemos completamente dos doentes. As crianças portadoras do vírus HIV sofrem discriminações e perseguições das outras crianças e dos adultos. Muitas delas nem sabe o que é AIDS, mas seus coleguinhas gritam o tempo todo que elas são "aidéticas", que vão morrer etc. Como toda criança faz, elas perguntam inocentemente: o que é AIDS? Eu vou morrer, mamãe? O que responder? Elas saberão o que é a discrimimnação ou a morte antes mesmo de saber o que é AIDS. Tocante!
O filme da brasileira Lund, é sobre crianças catadoras de papéis e outros recicláveis na cidade de São Paulo. Esta realidade a gente conhece bem, mas isso não quer dizer que essas crianças sejam menos invisíveis para nós. A última cena do filme é emblemática do problema da desigualdade social que afeta as nossas crianças, que são trabalhadoras (embora não devessem ser): os prédios suntuosos de Sampa surgem, numa abertura de câmera, ao lado de uma favela e impondo-se sobre ela. Triste sentir a sensação de "a vida continua" na tomada final. As decisões das grandes empresas, com milhões de dólares envolvidos, são tomadas ao lado das favelas e das crianças invisíveis das grandes cidades brasileiras, que lutam para conquistar míseros reais.
Vale a pena assistir.