
12/12/2008
O sentido do público

11/12/2008
O Público

20/11/2008
Consciência negra
Teu sangue,
Vermelho,
Igual ao meu,
É que te dá valor.
25/10/2008
Beijos de chocolate
A gomos de mexerica,
Os teus lábios eu comparo.
Nessa doce cobertura...
Me acabo.
Seus doces gominhos mordo
Sem caroços encontrar.
Mas a calda de chocolate,
Teremos que repassar.
Entre sons e o silêncio,
Consegui encontrar
Sua língua pra me firmar.
Mas a sua também parece
Um sustento procurar.
Quantas vezes a beijar
Tantas vezes vou lembrar
Que nesse grande dia,
Os meus lábios foram adocicados
Por gomos achocolatados.
24/10/2008
Lábia pra quê?
A língua afiada de um lagarto incauto,
Acaba o levando a um lúgubre lugar.
Oh...
Mulher incomum:
De curvas arrojadas,
Do cabelo encaracolado,
De óculos alaranjados,
Dos olhos arredondados
E dos lindos lábios lambeiros.
Não deixe que o ludibriante
Também consiga te levar.
Com laçadas apertadas
E carícias embaladas,
Com lúcidas lambidas
E com o embolar de nossas línguas,
Conquistarei o teu amor.
Eu tenho lábios.
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Essa foi escrita em 24/10/1996. Fernando Pessoa tinha razão: apaixonados somos ridículos! Mas é necessário.
20/09/2008
A casa
A própria idade
Impede a execução.
Fica no papel e cai no lixo,
Propriedade dos outros,
Terra do patrão.
E a vida segue sem razão,
Mas também sem ilusão.
Sem achar que um dia se consiga, então
A tão sonhada realização:
Cercar a terra,
Prender o mato
E matar a vida,
Que parada fica.
Estagnada lida:
Tudo aqui,
Sem poder sair.
Viva o sereno,
O ar no rosto!
06/08/2008
05/08/2008
Muda mudando
Que mudou tudo aqui:
Outra expectativa,
Nova vida.
Sem medos,
Nem dengos,
Nem pudores.
Só prazeres.
30/07/2008
Sobre orgulho próprio

05/05/2008
Viver-Sonhar-Viver

24/04/2008
Carta a um amigo
29/02/2008
Homenagem

UM BRINDE A VOCES!!!
11/01/2008
Derrotas e Vitória

09/01/2008
06/01/2008
03/01/2008
Pare tudo agora!
01/01/2008
Re-ver e re-viver!

Foi um ano como muitos, cheio de alegrias e com algumas tristezas. Pensar no que passou, fazer um balanço da vida até aqui, das coisas boas e ruins que aconteceram nos últimos 365 dias, é mais um daqueles exercícios de que não podemos escapar. Qual foi o saldo de tudo que passou?
O exame de nossas experiências depende, entre outras coisas, de saber quão marcante uma experiência foi na nossa vida e, mais ainda, de saber o grau de importância que demos a algumas delas, seja considerando-as boas ou ruins. Quer dizer, uma experiência pode ser importante pra mim porque eu atribuo maior valor àquela experiência que a outra.
Mas nenhuma avaliação do que passou deve levar em conta só o que passou. Nenhuma retrospectiva do ano deve deixar de levar em conta também o presente. Nenhum balanço do ano deve deixar de lado o fato de que ainda estamos vivos. Com ou sem saúde, estar vivo é ter a possibilidade de novas experiências, agradáveis ou não, de novos dias e de, no futuro, realizar outras avaliações da vida.
Enfim, qualquer que seja o peso que atribuamos a uma experiência negativa que vivemos, o balanço do ano tem de ser sempre positivo, porque ainda há vida. A vida é o que há de mais importante a avaliar. Mesmo que algumas vidas tenham se perdido durante o ano, temos que lembrar que temos a chance de recordar e avaliar. Pensar no que ficou de quem se foi e em quem ficou. Estar vivo é presente. É um presente. Não se trata de uma perspectiva egoísta do tipo "o que importa é que estou vivo!" Mas como quem lembra que a morte nos ensina a vida, precisamos continuar a viver, a aprender, a avaliar e a viver. A vida se renova quando se aprende com ela. Não estou dizendo que é fácil, mas é necessário: Re-ver e Re-viver! Feliz ano novo!
PS: Homenagem a alguns amigos que perderam entes queridos no ano que passou. Estamos juntos no enfrentamento da dor e da saudade!