31/08/2012

Resposta a um certo soneto de Vinícius

E de repente nem se está ausente.
Pode ser presente,
Futuro reticente.
Mas só se o diálogo for diferente,
Se aprenderem a ser gente.
E nunca indiferente.
Que sejam amantes,
Errantes,
Inconstantes
E perdoantes.
Que sejam livres,
Que sejam leves,
A ponto do vento levar.
E voem para algum lugar.
Não deixem de arriscar!
Sem grudar,
Sem cobrar,
Sem pensar
Onde se vai chegar.
A graça está sempre em caminhar,
Ou voar.
E quando se quiser parar,
Que, então, se pare,
E, então, separe!
Não há culpa para quem entende o momento
E respeita seu próprio sentimento.
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Em homenagem aos amigos Thiago e Sabrina. Agosto de 2013.