14/09/2010

Território

Quando revelo meus segredos,
Deixo você ocupar meu território.
E quando você aqui está,
Não pode pedir pra não entrar.
E agora que o território,
Que não é propriedade,
Já se encontra habitado,
Conquistado,
Colonizado,
Com toda a violência que possa soar;
Com toda a corpulência em que se possa suar;
Com toda a inteligência que se possa imaginar,
Não se pode mais refrear.
Esse "meu" território
É espaço de liberdade,
De liberalidade
E libertinagem.
Esse território não é meu:
Nunca quis território fixo.
Mas se você insitir que é meu,
Insisto que seja também seu.
Que seja nosso lugar vazio,
Sem autoridades,
Sem coações.
Espaço de encontros
E esperança.
Território do diálogo
E do amor.