03/03/2010

Impunidade?

Quando se descobre que a vítima é que morre,
E que se vai longe com um porre,
A vida parece banal
E a justiça ideal.

Mas como não pensar no amanhã?
Mas como não desejar a manhã?
Um novo dia,
Uma nova chance.

Logo um ano passará.
Depois dois, três, cinco e
Se esquecerá.

Mas o sonho não para,
O pesadelo não sara e
E a justiça é rara.

Cada dia é um fardo
Para quem perdeu alguém
E pra quem viu seu amor
Virar ninguém.

Onde está a morte justa?
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Em memória do sofrimento das famílias de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, assassinados a 190 km/h, em 07/05/09. Já vai fazer um ano e não há o que comemorar.