01/08/2011

Sociologia poética

Queria fazer uma sociologia que se aproximasse da poesia, uma sociologia das loucuras, dos amores e das mortes: das loucuras amorosas fatais. Queria trabalhar só os dados. E demonstrar como os dados são jogados, negociados. Mas isso daria um trabalhão: seria preciso trabalhar incessantemente nesse texto, por muitos dias, muitas noites, muitas vidas. E no fim, provavelmente, não haveria conclusões. E queimaria as anotações. E guardaria tudo comigo, como já faço. Ficaria em meu abrigo.
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Imagem: Pintura de Paul Klee.